domingo, 24 de abril de 2011

DÍGRAFOS, ENCONTROS CONSONANTAIS

Observe as tiras abaixo:





A série de tiras Calvin e Hobbes desenhada pelo norte-americano Bill Watterson e publicada entre 1985 e 1995 continua a ser veiculada atualmente em alguns jornais e revistas por todo o mundo. Surpreendentemente no Brasil – onde nem nomes de objetos são traduzidos –, o nome do tigre companheiro de Calvin passou por um processo de tradução, e foi de Hobbes para Haroldo, o que, como veremos a seguir, acarreta um problema de referenciação das personagens.

Comentando um pouco sobre as personagens principais, temos como protagonista Calvin. Ele é um garoto com seis anos de idade e que apresenta um comportamento igual ao de outras crianças de sua idade. Porém, de vez em quando, ele surge com umas sacadas e estabelece uns diálogos com seu tigre Hobbes ou tem uns pensamentos que não correspondem à sua idade. Essas sacadas estão ligadas à referência de seu nome ao teólogo cristão francês João Calvino (1509-1564), de grande importância para a forma do Protestantismo que ficou conhecida como Calvinismo. O tigre de pelúcia Hobbes, com o qual Calvin trava alguns diálogos, é referência ao filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1569). Hobbes é autor da obra Leviatã, em que discute seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. Analisando um pouco a biografia dos dois, percebemos que ambos são humanistas, ou seja, são adeptos de uma filosofia que acredita que o ser humano tem capacidade de criar e transformar a realidade natural e social ao seu redor.

E é bem isso que Calvin faz! Ele sempre está refletindo o sistema escolar, as obrigações que lhe são impostas pela escola e as relações entre a infância e a vida adulta. Portanto, longe de ser apenas um quadrinho para darmos risadas de alguma situação engraçada protagonizada por um menino de seis anos que conversa com o seu tigre de pelúcia, Calvin sempre traz um tema para reflexão sobre algo relacionado à educação e muitas vezes nos faz pensar diretamente em nossa prática em sala de aula.


DÍGRAFOS

Localize no texto a palavra “olhe” e “acho”. Preste atenção e encontre nelas duas letras formando o mesmo som. Encontrou? Essas duas letras são chamadas de dígrafos.

É o conjunto de duas letras que representam um único fonema. Os dígrafos subdividem-se em consonantais e vocálicos.

DÍGRAFOS CONSONANTAIS

INSEPARÁVEIS: CH, LH, NH, QU, GU. (machado, palha, ninho, quilo, guisado)
SEPARÁVEIS: RR, SS, SC, SÇ, XC, XS. (carroça, passado, nascer, cresça, excesso, exsudar)
GUISADO – GURI/ NASCER – ESCADA/ EXCEÇÃO – EXCLAMAR => O “gu” e o “qu” não serão considerados dígrafos quandoa letra “u” for pronunciada. Ex.: tranquilidade, aguenta, aquário.

DÍGRAFOS VOCÁLICOS

AM, AN - /ã/
EM, EN - / ~e/
IM, IN - / ~i/
OM, ON - / õ/
UM, UN - /~u/

# Agora vamos voltar ao texto e encontrar mais exemplos de dígrafos!

ENCONTRO CONSONANTAL

É o encontro de sons consonantais lado a lado.
Ex.: baGRe, PRego.
OBS.: Em certas palavras, observe que a letra X pode ter o som de KS. Aí haverá encontro consonantal: táxi [taksi]

ATIVIDADES:

1)    Agora é sua vez de voltar novamente ao texto e localizar os dígrafos.

2)    (UFSM)





Indique V (verdadeira) ou F (falsa) em cada uma das alternativas relacionadas com a tira.
( ) No primeiro balão, aparecem dois dígrafos e um ditongo nasal decrescente.
( ) No segundo quadrinho, a letra “S” representa os fonemas /s/ e /z/.
( ) No terceiro quadrinho, o fonema vocálico nasal está representado, na escrita, apenas pelo til.
A sequência correta é:
a.    FVF
b.    VFV
c.    VVF
d.    FFF
e.    VVV

2 comentários: